terça-feira, 12 de julho de 2011

Por que me deixaste?

Há alguns anos que não te vejo nem ouço notícias a respeito. Onde tem andado? Estaria você feliz neste momento? Creio que deva ter outros braços para te aquecer, outros lábios para beijar e outro coração para entristecer e destruir, assim como o meu se encontra hoje. Partido.
Você... o que devo dizer de você? Simplesmente não encontro palavras para expressar tais remorsos que me afetam, tais marcas de desgosto que deixastes em mim ao longo dos anos que esteve ao meu lado, fisicamente. Saiba que não pensei errado ao deduzir que em sua pequena cabeça existia uma voz sussurrando o nome de outro ou outros dos quais desejava naquele momento. Mas ainda assim sentia grande prazer em receber teus abraços calorosos, mesmo sem o real amor se encontrar presente. Sinto falta de teus beijos, da tua macia pele tocando a minha, e, principalmente, de tua presença, pois apesar de tudo eu te amo e gostaria de sentir o teu cheiro novamente, senti-la por completo novamente...
A solidão hoje me consome, pois todos os segundos do dia passo apenas pensando em teus olhos azuis e profundos, olhos que eu desejo ver não só em meus sonhos diários, mas pessoalmente e agora!

domingo, 10 de julho de 2011

A morte pode ser algo bom.

"Tudo o que sei é que devo morrer em breve; mas o que mais ignoro é essa mesma morte, que não saberei evitar." Blaise Pascal

Eu penso muito sobre a morte, a morte que todos temem acreditando que ela possa ser dolorosa ou que após ela, o espírito do morto possa ficar na terra sofrendo e desejando reviver. Estas pessoas não param para pensar que após a morte, dormiremos eternamente e não veremos mais nada além do que lhe aguarda depois de sua passagem do mundo dos vivos para outra dimensão que nós, sobreviventes, não vimos ainda.
Às vezes tento construir a imagem do que poderia ter no mundo das almas. Este lugar seria mais belo que a florida primavera, mais colorido que o arco-íris e mais iluminado que o sol em seu último nível de claridade. Seria um lugar pacífico onde não haveria dor, violência ou sofrimento e todas as almas ali presentes teriam a devida felicidade e paz que não tiveram na vida passada.
Eu não considero a morte algo ruim se ela realmente for assim, muito pelo contrário. Se a morte oferecer tais bênçãos, por que tanto medo de algo melhor do que esta vida?

A realidade e o pesadelo de outra realidade criada por mim.

Quem são essas pessoas me perseguindo por todo lado que vou? Elas usam capas pretas e seus rostos são afundados na escuridão do capuz. Não consigo vê-los. Eles andam de maneira autêntica e seus passos parecem tão largos que quase alcançam os meus lentos e amarrados. Não consigo correr, por mais que tente. Sinto forças sublimes puxando meus pés, evitando meus esforços de tentar correr e com isso meu desespero aumenta. Meu coração libera batidas anormais de tão altas, sinto que ele sairá do peito a qualquer momento, meu sangue congelou em minhas veias. Quem são essas pessoas que tem apenas o intuito de matar? Com meus passos lentos, eu luto contra a decisão de me render, de me entregar e nunca mais sofrer com esta fuga interminável. Minha cabeça rodeia e se esforça para raciocinar aquela situação, se haveria chances de aquilo poder ser uma alucinação. Olho para cima e vejo o dia se desmanchar, e se formando no lugar dele uma tempestade infestada de raios. Vejo um portal se abrir e os estranhos atrás de mim ficam em posição de reverência. Ao me deparar com aquilo, retomei ao meu “eu” e saí correndo com uma velocidade incalculável. Ao chegar em casa suado, ansioso e com uma sensação de vitória por ter escapado vivo daquilo, olho em volta e minha família me olha com olhos assustados, como estivesse vendo um ser de outro mundo. Eu abro a porta de casa, olho para a rua e analiso o cenário que antes, para mim, era um palco de horrores. Estava tudo em ordem, tudo como sempre foi.
As minhas alucinações são intensas, umas são até mortais. Vivo em dois mundos: a realidade e o pesadelo de outra realidade criada por mim.

sábado, 9 de julho de 2011

A felicidade não tem preço.

"Cada alegria é um proveito, e um proveito é um proveito, por mais pequeno que seja." Robert Browning

O ritmo de uma música, a apreciação da natureza ou da beleza de quem amamos, a degustação do alimento que mais gostamos... Eu chamo isto de felicidade. Podem considerar tais momentos insignificantes, mas julgo infelizes estes seres que não aproveitam os breves momentos da vida, cujos possuem maior valor. Dizem que a felicidade não tem preço... Concordo com esta afirmação, pois a verdadeira felicidade é incapaz de ser comprada por que a partir do momento que você desfruta dela, não há outro lugar ou outra pessoa com quem gostaria de estar. Digo isto por que às vezes quem transmite tal felicidade é a presença de certa pessoa que nos faz bem, e até mesmo um lugar calmo, inspirador e próspero é capaz de levantar nosso astral e fazer com que nos sintamos as pessoas mais privilegiadas do mundo. Não sei dizer se é o poder da pessoa ou do ambiente, só afirmo que é uma ótima sensação de liberdade, euforia e alegria que jamais recusaria senti-la novamente.

Você aguentaria viver sem seu amor?

"O amor só se finda quando os destroços do coração são varridos do peito."

O tempo passando e ele a deixa aguardando na pequena cidade em que vive. Como se não bastasse o frio transformar os dias alegres em dias entristecentes e longos, ele foi-se para longe, tão longe que a distância apagará a única prova de que ela existira: a imagem que ele construiu dela em sua memória. O tempo está passando, mas para ela os ponteiros do relógio estão imóveis como se o mesmo estivesse sem pilhas, o vento frio que entra pelos furos da janela se tornam despercebidos, pois a pele dela já não sente o frio ou o calor. Seus sentidos foram levados para longe juntamente dos momentos felizes que ela vivenciou. O tempo passando e ele não manda notícias. O coração dela já não suporta a dor da saudade, as barreiras já foram derrubadas pelos fortes braços da tristeza. Ela agüentaria viver sem ele?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Superarei este pesadelo chamado amor.

Uma saída à dor contínua que abala meu estado de espírito. Uma saída para as noites mal dormidas liberando a tristeza de meu ser por meio de lágrimas. Choro, choro e choro e ainda assim adquiro a mesma expressão vazia.
Aguardo ansiosa pelo dia em que uma nova sensação tomará meu ser, penetrando em meu coração e transformando minha expressão triste em uma face cheia de traços inexplicáveis de alegria e superação. Sinto que este dia glorioso está próximo, pois, hoje, já posso sentir o sangue correr em minhas veias, levando a vida e seus sentidos ao longo de meu corpo. Já sinto, também, o prazer em aproveitar cada momento pequeno da vida, que antes nem eram considerados momentos, pois a obscuridade de minha mente já não sabia diferenciar a vida da alucinação.
Posso dizer que hoje vivo, não cem por cento curada de um pesadelo chamado amor, mas renasci das cinzas como a fênix retorna do mundo dos mortos.

Estaria eu seguindo o caminho correto?

Você sabe o quanto andei por esta vida cheia de caminhos tentadores, milhões de ideias rodando minha cabeça e apenas uma escolha a ser feita. Vivencio novamente o lamentável passado que tive, temendo que um dia a infelicidade antiga retorne de seu vilarejo e alcance o futuro que aguardo com esperança.
Ao longo de minha caminhada, os pensamentos se constroem nitidamente em minha cabeça indicando o caminho certo nesta incansável rota da vida. Estaria eu seguindo o caminho correto?